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Minha Fantasia Teen

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    31 de Dezembro de 2014, era véspera de ano novo e tudo que mais desejava era passar a virada de ano ao pé do Carlos, com quem namorava há sensivelmente 7 meses.
    ''Tia eu te imploro, me deixa ir, prometo que até as 6h eu estou de volta e pai não vai ficar a saber, eu juro tia!"- lá estava eu a implorar a tia Judith que deixasse que eu fosse passar a virada com o Carlos, pois para o meu pai eu passaria junto a tia Judith e a avó Clara.
    " Não Marta eu não quero arranjar desavenças com o teu pai, tu sabes como ele é e tudo que não quero e que ele venha fazer barulho pra mim, eu não aguento minha tensão não me permite isso."

    Após uns bons 45 minutos de insistência ela deixou, sob condição eu ter de deixar 2 litros de Coca-Cola tal como ela e a avo gostavam.
    Toda empolgada corri pra mandar uma mensagem ao Carlos e avisar que tinha conseguido que a tia deixasse que eu fosse passar la a virada.
    Nunca me tinha preparado com tanta vontade e ansiedade para poder ir passar a virada de ano co algum namorado, pois afinal de contas era o meu primeiro namorado que me tinha apresentado sua família e eu julgava que se tratava de algo muito sério, sem saber que aquela data, tornar-se-ia no pior dia da minha vida, que passaria por piores minutos da minha vida, e que de amor da minha vida, o Carlos se tornaria no meu pior pesadelo.
    Lá cheguei e fomos direto curtir a festa, comida, bebida e muita conversa marcou o final de mais 365 dias da minha vida e julgava eu ter tido uma ano e tanto.
    Meia-noite, fogos-de-artifício, abraços, beijos, promessas e juras, foi assim como demos aquele primeiro speech do ano.

    ʺFeliz ano novo Amorʺ disse Carlos olhando fundo nos meus olhos, o que fez acreditar num conto de fadas instantaneamente, foi bonito, não nego, foi muito lindo e fiquei muito encantada com o que acabara de acontecer.
    A noite continuava e o Carlos bebia cada vez mais as cervejas. Passadas 2h da meia-noite, Carlos fala no meu ouvido e pede que entrássemos na casa pois ele queria falar comigo, eu, como estava num papo interessante com as suas primas pedi que ele esperasse mais um pouco que logo iriamos, mas ele não quis esperar e meio que empurrou-me pra dentro de casa, pedi-lhe que parasse com aquilo pois estava a ser rude, fui ignorada, e o mesmo continuava a empurrar-me para dentro de casa em direção ao quarto onde entramos e ele fechou logo a porta com muita força. Pedi que ele explicasse o que estava a acontecer, se tinha feito algo que não tivesse gostado ou mesmo tivesse me comportado mal. Carlos deu-me um beijo, daqueles beijos de tirar o fôlego, e de seguida olhou em meus olhos e pediu que fizéssemos amor naquele instante, eu ainda era virgem!

    Disse que não me sentia preparada, o que fez que ele enervasse-se e começasse a gritar:
    - ʺESTOU CANSADO DE ESPERAR MARTA, TENS ME DADO MUITAS VOLTAS, EU SOU HOMEM E TENHO AS MINHAS NECESSIDADES, DE HOJE NÃO PASSA, FAREMOS AMOR SIM, SEJA POR BEM OU POR MAL!ʺ
    Aquilo assustou-me e cheguei a querer acreditar que era devido ao álcool que ele vinha consumindo, mas apercebi-me que não quando ele jogou-me conta a cama, virou-se para a porta e trancou-a, nesse momento, o meu pior pesadelo teria o seu inicio.
    Carlos veio pra cima de mim com muita força e insistia em beijar-me, ele por ter uma massa física um pouco mais avantajada conseguia colocar-me imóvel pelo simples facto do mesmo deitar-se por cima de mim, e foi justamente isso que acontecera naquele momento, Carlos tirou a sua roupa e jogou-se pra cima de mim prendendo os meus braços evitando todo tipo de movimento vindo da minha parte.
    ʺPARA COM ISSO CARLOS!ʺ
    ʺCARLOS PARA!ʺ
    ʺPARA!ʺ

    Nunca achei que essas palavras sairiam da minha boca numa situação dessas.
    Ao ver que eu gritava demais e que poderia despertar a atenção de todos que la fora estavam Carlos levantou, deu uma vista de olhos ao redor e conseguiu mirar um lençol já um pouco gasto e puxou o mesmo com uma de suas pernas e com o pé e uma mão conseguiu rasgar o lençol em dois pedaços e amarrou-me nos apoios da cama, naquele dia eu trazia um vestido, o que facilitou demasiado o seu trabalho.
    A brincadeira deixava de ser brincadeira e tornava-se em algo sério.
    Na minha cabeça a minha perda de virgindade não seria algo dos filmes com uma cama toda decorada com pétalas de rosas, mas também não era o que estava a acontecer naquele momento.

    Foi horrível, e por mais que eu chorasse, Carlos parecia que nada escutava e nem sentia, em um impasse, Carlos tornou-se num completo estranho pra mim, não parecia o mesmo que em 2h abraçava-me e enchia-me de beijos apaixonados. Eu tinha perdido a minha virgindade e a minha sanidade mental.
    ʺAcho melhor nos vestirmos rápido e irmos antes que notem a nossa falta e venham nos procurar, não quero ouvir barulho da minha mãe, sabes como ela consegue ser chata, anda amor vamos.ʺ, mal podia acreditar que ele conseguiria fingir tanta demência sob tudo que tinha acabado de acontecer, eu não reconhecia mais o meu namorado, não reconhecia por completo.
    Naquele momento, tudo que queria era poder voltar no tempo e pedir a minha tia que por nada me deixasse ir para aquela casa e naquele dia.
    Nada mais fazia sentido pra mim, e infelizmente não tinha como voltar para casa naquele momento pois por mais que eu quisesse não teria como ir pois já passavam das 2 horas da madrugada e dificilmente encontraria um táxi para voltar pra casa, tive de fingir que nada tinha acontecido e seguir a noite com muita normalidade. Consegui descobrir mais um dom em mim, eu sabia fingir perfeitamente, feito uma boa atriz de novela.
    Os dias passaram e eu não conseguia mais lidar com a situação, a ninguém contei o que tinha acontecido, ate que a Cristina, minha melhor amiga, notou que algo em mim estava errado, e insistiu que eu falasse.

    Tive de ter acompanhamento psicológico sem o conhecimento dos meus pais e foi uma luta enorme que eu travei comigo mesma dia e noite. Ate hoje que vos escrevo, acreditem, ainda tenho pesadelos com aquela noite, ainda evito muito vestidos e tenho um medo enorme de andar sozinha em altas horas da noite.
    Se vi o Carlos depois disso tudo? Sim, e com muita frequência pois ate hoje tenho o número dele gravado e vejo sempre os estados dele, mas não porque ainda sinto algo, mas sim para lembrar todos os dias que algo devo fazer para que milhares de meninas como eu que sofreram abuso não sofram mais.
    Foi triste, mas hoje eu posso dizer que consegui superar, não por completo, mas eu superei e podem crer, foi o pior episodio da minha vida, mas hoje sei que as pessoas não são de confiança e que por mais carinhosa e amorosa ela aparente ser, tu nunca saberás mais do que ela lhe deixe perceber ou mesmo ver.
    Be careful,
    With love,



    Marta!




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    As nuvens refletem-nos a imagem de como é o céu. Tem transmissões tão reais mas que passam despercebidas, tem uma mensagem a passar, mas quase ninguém quer ouvir. Falam aos gritos, ninguém ouve, estão todos preocupados com a vida que o mundo oferece, deixaram a vida que a própria vida quer nos dar. Ahh como isso é amargo, soa como garganta seca no meio do deserto, ou pior. 

    É como um piscar de olhos a velocidade com que as coisas acontecem e passam antes que vivamos nossos dias, é, tudo vem e passa num verdadeiro piscar de olhos.
    O mundo quer nos vestir, e ele insiste em fazer isso, porque diferente de nós ele segue o seu propósito, não parou em momento algum pra se atrapalhar com coisa alguma. 

    Estamos dentro de uma bola que gira, é tal e qual como uma casa, no melhor quarto estão em cima da cama a humildade, compaixão, amor ao próximo, amor próprio e simplicidade. Mas a porta desse quarto foi trancada a sete chaves que foram lançadas a algum lugar distante, mas alcançável. A porta desse quarto ninguém quer abrir, nem por vontade, talvez por insistência. Ainda que tenhamos gozado todos os compartimentos dessa casa, voamos como moscas sem destino, e preferimos sempre voltar ao mesmo lugar. Mas e aquela porta, ninguém abre.

    Perdemos quase tudo antes mesmo de ter, porque antes que a mão se fechasse já queríamos abrir pra colocar mais conteúdo, ah a vida de quantidades. Actos que confirmam a cada sempre, que a maioria de nós é colecionador de quantidades, conteúdos vazios e sem utilidade, haverá alguém que diga que tenham, mas eu diria que trata-se de utilidade sem necessidade, sem uso, sem valor, sem nada. Literalmente pessoas cheias de vazio, que se vangloriam por possuir nada.

    A grande maioria prefere as roupas que estão nos outros quartos, roupas que quanto mais vestimos mais nos despem. Orgulho, egoísmo, tantas outras coisas que colocam não só o corpo exposto, mas a alma toda. 
    Nossas ambições correm ao mesmo curso que todos os rios, e tem um destino igual pra todos, mas com diferentes níveis e fases. Voou de nós a única parte que devia permanecer, que devia enfrentar o mundo e dizer “chega”, voa, voa, voa e nem a chuva a trava, nem a chuva dá um basta a nudez que queremos vestir, nem a chuva, nem nós mesmos. 

    Somos um autêntico projecto previsível, com gestão precária, quando insistimos em frequentar os outros quartos da vida, os quartos errados. 
    Voamos muito em cima, pra dar mais drama e impacto a nossa queda. E os olhos, sempre fechados nem pra enxergar o que o inclinar das árvores quer nos indicar. E ainda que elas nos digam em voz alta, ainda que façam gestos, é pra o lado que elas voam que também vamos voar, mostrando ao vento que voamos à vontade dele, mostrando que a decisão sobre o nosso caminho nunca esteve nas nossas mãos. E então o mundo nos veste, e traz tudo o que ele tem pra nós, e nós? Nós fazemos a vontade dele.

                                                                                  Por : Denise Magaia




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    Está no futuro a parte mais densa dos líquidos, aquele beijo que nunca demos, e as declarações que nunca fizemos. 
    Boas são a lembranças daquilo que ainda não vivemos, os momentos para além desse agora que já passou. 
    Estão lá pra frente os saltos das conquistas que ainda não vi, as lutas que ainda não venci. 

    Vezes sem conta arrancaram-se os pedaços daquele futuro perfeito que me pertencia, vezes sem conta a porta do próprio futuro, ela fecha, e a solução teve de ser sempre optar pela janela. 
    Pessoas, vivências, momentos e desprazeres passaram-se por borrachas pra apagar aquilo que o autor da minha vida levou tempo a desenhar. 

    Eu sou com certeza uma obra, que recebeu amor a cada pincelada. Robusta ou não, sou uma obra composta de apresso, cuidado, carinho, e é como se eu ajudasse a me projectar durante tempos e tempos, pois está no futuro a melhor parte de mim. Bom é o que eu ainda não fui, bom é o que ainda darei.
    Bons são os sabores que ainda não se completaram, ego, essência, beleza de dentro e de fora. Humildade, compaixão, bom é com certeza o amor. 

    Já fomos, já vimos, já fizemos e o que é bom está por vir. Cada vez mais à espreita é o sorriso de ver a obra completa. Foi um longo caminho, pedras lançadas, areia aos olhos, mas colhendo isso tudo, agora, está quase pronto o castelo. Ora cresci, sobressaí. O que não me matou me transformou, e o que não me transformou me fez a obra mais bela da galeria da vida. E sei, e tenho certeza que sobre tudo (sobre mim, amores, vida, sorrisos, planos, projectos, paz de espírito, liberdade, humanidade) bom é o que está por vir.


                                                                                      Por : Denise Magaia




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    Amigos, são como irmãos de outras mães, uma parte de nossa vida, nossa família. Com eles dividimos problemas, aflições, momentos bons, choros, sorrisos, a vida.
    São aqueles que nos ouvem quando precisamos, que dão o braço a torcer por nós, o braço, o pé e o corpo todo.
    Quando verdadeiros, defendem-nos como leões e são capazes de tudo pra nos ver bem.

    Tudo o que se quer, é que seja assim. Tudo o que se quer não é o drama que vivemos hoje. Falsidade, mentiras, traições, apunhaladas.
    Aquela amiga que sempre vem com críticas, nada do que tens lhe agrada, nada do que fazes agrada, dela não recebes elogios só críticas, estás sempre errada, a tua roupa está sempre errada, o teu cabelo, os teus planos, até o teu parceiro. Hm vê bem essa amiga.
    Aquele amigo que não gosta da tua dama, acha ela muito extrovertida, acha que ela tem muitos amigos, aquele amigo que reclama da maneira que te vestes, do perfume que usas, entra demais até no bolso, sempre apto pra uns copos e quando o assunto é sobre conselhos com a casa, com a namorada, conselhos sobre a família, tá nem aí. Hm vê bem esse amigo.

    Muitas vezes as pessoas que estão sempre por perto e aos nossos olhos são como amigos, estão mais pra vigiar, pra colocar um pouco de pimenta na tua sopa, são serpentes disfarçadas de Homens, pra nos desviar a atenção ao que realmente importa, pra nos fazer despir nossa auto-estima, fazem comentários que parecem ser de preocupação, levam-te até ao fundo do poço, e depois largam-te lá e deixam de a luz da sorte.

    Que sejamos atentos o suficiente pra saber distinguir quem sim e porque sim. 
    Que nos afastemos daquilo que não nos faz bem, que denigre nossa essência, aquilo que nos torna cada vez mais baixos de nível. 
    Rever as amizades, rever os amores, viver pra fazer feliz a ti próprio e deixar um pouco de lado o que os outros acham. Ninguém nasce sozinho, ninguém vive sozinho, ninguém vive isolado, mas entre estar num ninho de cobras rodeado delas e afastar-se delas, o mais importante é saber qual é o meio mais rápido de se afastar, largar o barco.



                                                                                  Por : Denise Magaia




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    Sempre há uma chance para recomeços, pois até as portas trancadas tem uma chave. 
    Sempre é momento de acreditar em mim e naquilo que está errado comigo, até a página rasgada tem concerto. 
    Se não der pra escrever uma nova história, acrescentamos folhas brancas a essa de agora, continuar com certeza é melhor que começar do 0. 

    Nada contra começar, mas fortes são os que seguem viagem. Nada a ver com relações, é uma conversa de dentro pra fora, onde o perdão ele é feito a mim mesmo. 
    Sempre é hora de repetir aquela viagem, à que nos levou mais longe enquanto permanecíamos sentados. 

    Não devemos nos condenar por aquilo que fomos, devemos virar a história e mostrar que somos os verdadeiros protagonistas dela.
    Que as ondas do mar tragam pra nós a energia que precisamos pra nos fazer acordar desse sono.
    E que a brisa marítima permita que escalemos essa montanha, sempre pra cima, pois é o nosso lugar.
    E porque não há nada nem ninguém que invencível, que busquemos também vencer a nós mesmos. 
    Sempre tem volta, sempre é possível, as conquistas são assim, começam com aquela decisão de então “tentar”, e como quem tenta alcança, provamos cada vez mais que somos inevitáveis sim, mas também capazes de superar nosso eu.

    Perder faz parte, todo mundo perde, mas dentro da história onde eu sou o autor, o jogo só acaba quando termina, e não importa quantos recomeços haverá, vai importar se na verdade, num deles eu me sair vitorioso. 
    Até as ondas do mar vão e voltam, e na volta sempre vem com aquele cheirinho de volto outra vez.
    Sempre pode, sempre dá, as portas abrem e fecham, e o fechar uma vez não implica que seja a última. Porque se abre uma, abre outra e ainda que a idade não perdoe, sempre tem tempo pra gente concertar aquilo que achamos que está errado.

                                                                                      Por :Denise Magaia






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    Não me canso de bater e só me afasto se a abrires, tenho horas e até dias pra esperar até tu te decidires. Na verdade decidir não, eu diria permitir, permitir que eu entre e te traga tudo aquilo que tu ainda não viste.

    Abre essa porta, deixa eu sarar tuas faltas, e completar com meu sorriso cada vazio que é dentro de ti. Abre esse caminho e permita-me dizer tudo o que me entala, se não der certo não deu mas terá sido mais do que uma boa tentativa.

    Sinto-te a privar de  novos amores, pois sorris sem qualquer tipo de envolvimento, não sei se o que te incomoda é o medo ou pura falta interesse de ser feliz.
    Mas se deixares que eu me meta, eu prometo descobrir.
    Entra e deixa a porta aberta, minha paz só quer te ver e fazer bem, porque não é só a minha boca que aqui te fala, sou eu e meu corpo todo. Permita-se partilhar, frios e calores, entrega-te ainda que por uma hora, vem me buscar com os pés o corpo e o coração porque no fundo eu bem sei que é o que tu queres.

    Não me toca só com as mãos, toca me com os teus sentimentos todos. Deixa a maré subir, porque o que eu quero é me afogar.
    Não vou dizer porque escolhi a ti, saiba apenas que mais uma oportunidade a escolha não mudaria.
    Quero que tu abras sim, tenho certeza que darei conta, porque não dá pra acreditar, tão juntos e ao mesmo tempo tão distantes. Doa te pra mim, doa-te agora, e aceita todo meu amor nem que por um só instante.

    Nossas mãos entrelaçam tão perfeitamente, não tem como não ser pra ser.
    Sei quando contas de mim pra tuas amigas, o quão eu sou aquele moço delicado que tu sonhas, sei que falas dos detalhes, até de com que som minha boca diz teu nome.
    Imagino quantas noites já passaste em claro a pensar em mim, e em quantas viagens no autocarro em mente eu te acompanhei.

    Sei que suspiras só de ouvir meu nome, e que não te habituas a ideia de eu terminar a vida com alguém que não sejas tu. Então livra-te dessa cela que criaste pra ti mesma, e dá a quem merece, a oportunidade de te ter e fazer feliz.
    Deixa de ser egoísta, pois até as dores foram feitas pra dividir. Quero me envolver contigo além de lençóis, montar e desenhar uma vida a dois. Por isso abre essa porta, e vamos ficar finalmente a sós.

                                                                                                                      Por: Denise  Magaia


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    Descobri tarde que a nossa música não era a mesma, e que nossas letras não mais possuíam mesma rima. 
    Levei tempo pra te ver tocar outros sons, e me conformar que já não era comigo que esgotavas as tuas cordas vocais.
    Tocaste noutros ritmos, nadaste noutros rios, mais do que o típico perder o céu contando as estrelas, vi faltar o que antes só sabia transbordar.

    Que me lance a pedra quem nunca amou errado, que atire a primeira o coração que nunca foi quebrado. E que me julgue quem me puder mostrar a quem amar, quem me puder dizer como e onde. Porque tudo o que eu fiz foi mergulhar de corpo inteiro nesse amor, porque comigo não havia essa história de molhar só os pés.
    Tudo o que eu quis era uma mais que perfeita história, onde a cada vírgula seríamos felizes. 

    Tua máscara no chão soou como um berrante pra meus ouvidos, uma dor que de tanto doer, não consegui suportar. 
    Quebrou em mim os últimos laços que um dia eu tive com o amor, fez-me cair de costas num devaneio ao qual nunca tinha programado. Queria olhar na tua cara pra poder ver a lastima que vão se tornar os teus dias sem mim, não porque isso me importa, queria simplesmente ver. 

    De pensar que um dia acreditei que no fundo desse túnel tinha uma luz, e que mesmo que não encontrasse dividia contigo essa falta. Nossas almas se cruzavam como se tivessem sido feitas uma para a outra, eu era o sol que brilhava pra ti toda manhã, e me diz agora onde é que vais buscar luz? 

    Meu amor por ti fez rosas germinarem em neve, e com certeza brotaram de lá as melhores delas.
    Foi tarde mas percebi que bebia um copo cheio de vazio, onde usaste erros para reparar erros e eu buscava cada vez mais germinar onde não devia, buscar água no deserto, o verdadeiro sentido de ir contra maré.
    Não quero te culpar por minha falha, não quero te culpar por eu ter te amado, a culpa da tua falha é mais minha do que tua, assim como meu coração foi teu mais do que meu. 

    E agora depois das mágoas eu vou me deixar voar, vou abrir os meus ouvidos pra escutar a novos sons, e tal e qual como tu, me permitir escutar novas músicas, nossa diferença é que eu vou somente escutar. 
    Cá desse lado não resta de ti nem a raiva, não há milímetro possível que terás o prazer de ocupar. 
    Agora, a grama vai brilhar e ser mais verde do meu lado, porque comecei a ouvir com os ouvidos da cabeça , e não do coração. 
    E vou registar na última página deste livro que foi o nosso, que tu és um erro.Um verdadeiro erro que não quero lembrar nunca mais.
                                                                                      
                                                                        Por :Denise Magaia 

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    O sol se foi, e agora só me restam as memórias daquela luz. Tenho a certeza que ele foi e não volta, porque onde eu fiquei quase o dia todo é escuro.
    Já não brilhará mais pra mim, e nem o calor daquele abraço vou sentir. Era minha melhor companhia, éramos na verdade amigos inseparáveis. 
    Me deu seus melhores conselhos e torceu por mim até quando eu não precisava. 
    Arrumou as malas cedo, ou quem sabe era a hora, mas ensinou-me a perceber que dói menos quando valorizamos antes de perder. 
    Foi num piscar de olhos, que escaparam de mim todos os seus raios, e descobri o quão vazia eu era e o quão ele me completava. 
    Perdi um companheiro de viagem e só agora vejo o quão longa é essa caminhada, pensei em me arrumar com ele, e segui-lo onde quer que ele tenha ido parar, mas imagino como ele sorri lá de cima quando me vê continuar. 
    Deixou comigo suas melhores riquezas, valores que não compram casas nem carros, mas de todos os presentes, suas lições são as melhores.
    Caem-me lágrimas quando lembro que de tarde eu me sentava a ponta da cama com ele, pra contar as novidades da semana, não tinha muitos dias seguidos pra fazer isso, mas quando fazia ele me ouvia. 
    E dos abraços nunca me esqueço, pulava com as minhas alegrias, o que me fazia ficar feliz por dois antes mesmo de vencer uma conquista.
    Ah o sol brilhou pra mim, com todos os seus raios. 
    O sol orou por mim, e contra todos meus adversários. 
    O sol limpou-me as lágrimas e disse-me "levanta e segue a viagem", só não entendi que era um aviso, era como um último suspiro, que até dele mesmo me protegeu, se afastou pra poder partir. 
    O sol pensou em mim e por mim, ainda sinto minha mão tocar seus batimentos que eram rápidos, eu só não sabia que era a nossa despedida. 
    Aquela nossa conversa profunda de quinta feira, sim era a última.
    Aquele olhar lindo e brilhante, sim era o último.
    Mas voou pra cima meu sol, voou como um anjo. Só espero que donde esteja veja e saiba que meu amor é o mais puro e verdadeiro, e ainda que as ondas estejam muito agressivas, meu barco jamais deixarei naufragar. 
    O sol é minha Glória, e a Glória é pra mim mais do que mãe, ela é mãe e ao mesmo tempo um poema ao qual jamais me cansarei de declamar.


    Por :Denise Magaia 
                                                                  
         
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    Aquele amor, me mostrou coisas inéditas, coisas que nem em sonho eu viveria.
    Aquele amor se sacrificou por mim, pra me trazer a paz que sinto hoje e essa calmaria que paira agora.
    Amor de pai, amor de filho, amor de três em um, e com a melhor de todas as provas, a revelação de que a minha vida precisava.
    Ah aquele amor, fez comigo o mesmo que o que fez com a água e vinho, transformou-me de matéria a produto acabado. 

    Faz-me ter prazer em fazer o bem sem que eu cobre por isso. Faz-me ter prazer em louvar, cantar alto, como se quisesse pôr fim às minhas cordas vocais. 
    Que amor é esse? Que me faz falar com as estrelas e agradecer por elas existirem?
    Que amor é esse? Que faz com que eu dê a mão a pessoas que eu nunca vi, de a mão, dê o braço, dê o coração inteiro sem nada em contrapartida.

    Como explicar pra o mundo a felicidade que eu encontrei nesse amor que recebi? 
    Como exemplificar o lugar que foi preparado para mim e meus irmãos?
    Talvez não explique, talvez deixe que também sintam, talvez o ar que eu respirei também se faça sentir por aí fora.
    Talvez não seja tarde pra revelar novos caminhos, e o melhor de tudo, ter quem cuide do nosso destino.

    Vi no pai amor eterno, vi no filho o sangue, o sangue que jorrou por mim, vi no espírito como que uma estrela guia, a versão perfeita de mim. Ohh santíssima trindade.
    Sinto então esse amor dentro de mim, e criei a porta que me levará de volta a ele, não só a porta mas o caminho, o caminho que me levará ao encontro do meu primeiro amor.
                                                
                    

                                                                              Por : Denise Magaia



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    Comprometi-me com meu amor próprio, e aprendi a enxergar minhas qualidades. 
    Passei mais tempo prestando atenção nos meus traços de beleza, de dentro e de fora, e fiz-me acreditar que ninguém melhor que eu pra me levar ao altar. 
    Ohh eu casava com o meu eu, entre nós há companheirismo e reciprocidade. 

    Encontrei o meu amor, e vejo todas manhãs quando olho no espelho, tem lindos cabelos, a cintura perfeita, o sorriso que pintou meus dias mais nublados. 

    Dei chance a mim, uma chance de me fazer feliz, pois só eu sei me surpreender tão bem quanto preciso. 
    Vi pessoas procurarem nos outros qualidades que eu só encontrava em mim, vi traições me passarem de perto quando eu sempre fui fiel a mim mesmo.

    Assisti à discórdias, brigas, mentiras, pessoas que se colocavam pra baixo, vi relações que mais pareciam competições, e decidi aceitar ao meu pedido, mergulhar numa história de amor verdadeiramente fascinante, entre eu e eu. 
    Parei de esperar atenção alheia, pois a que vem de mim me basta. Vi o quão eu era auto-suficiente, e que ninguém tinha o direito de me matar dos 45 do primeiro tempo. 

    Aprendi a conversar mais comigo, me entender e valorizar minha companhia, pois vi que na verdade eu jamais me abandonei. 
    Não é exagero, é amor próprio, não é exagero é aquilo que disseram "fogo que arde sem se ver", e me apaixonei, me apaixonei pela simplicidade que me levantei nos dias em que caí. 

    Me apaixonei, pelos sábios conselhos que de mim mesmo recebi. 
    Me apaixonei, por sempre que precisasse, ter tido a minha companhia pra me confortar. Me apaixonei pela maneira como me dedico ao trabalho, a família, aos meus desafios. 

    Aprendi muita coisa comigo, que mesmo que eu me separe de mim, irei levar pra vida toda. 
    Me dei carinho, me dei valor, dei pra mim tudo o que não recebi de mais ninguém. 

    Lembro das tardes de sábado quando eu não tinha o que fazer, tardes que hoje não são mais vazias. 
    Lembro também dos dias em que me sentava em frente ao mar pra chorar tudo, e as lágrimas fui eu quem limpei. 
    Lembro quando tive problemas financeiros, trabalhei e me ajudei a enfrentar a situação. 
    Acordei, acordei e percebi o que estava a perder, acordei e decidi dizer Sim.
    Pois lembrando de tudo que já fiz por mim, digo e repito SOU AUTO-SUFICIENTE, sou quem mais me ama, sou o meu verdadeiro, o de hoje e o de sempre.


                                                                                                     Por : Denise Magaia

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     No meio do escuro e só pela luz da lua é que estão visíveis os feitos daqueles que fazem o bem, não porque não brilham, simplesmente porque todo o resto do mundo opta por ver só o que convém. 
    Queria olhar na cara da vida agora e dizer o quão meu coração quer cuspir fogo, não para queimar, pra intimidar sentimentos falsos a volta dele. 

    No meio do escuro perdeu-se a coragem de subir as escadas, porque quando o caminho a seguir é pra cima, não funcionam os faróis que servem pra iluminar nossas falhas. 
    A luz dá lua temos que tentar ver onde pisamos, e ir com dúvida mas ir, porque não é ditado, mas se diz que quem persiste chega perto.
    Com mania de brilho escondido na alma, sonhamos de fora pra dentro,  porque aprendemos com alguém, e aprendemos com alguém porque duvidamos das nossas próprias lições, e seguimos mesmo assim, só a luz da lua. 

    Queria poder gritar alto pra que acendessem as luzes, pra que fosse mais fácil amar, pra que fosse mais fácil aprender.
    Porque amar no escuro dói, e dói mais ainda aprender sem poder ver quem, sem poder ver quando, lutando até acabar todas forças e no final descobrir que éramos o nosso próprio adversário. 

    Queria gritar que acendessem as luzes, pra que a chuva não me molhasse mais, não molhasse meus pensamentos que estão expostos demais para quem quer preserva-los. 

    E o medo, nessa escuridão já brilhou mais, brilhou mais que o primeiro sol do dia, porque ele quer pescar nas primeiras horas da manhã, minhas decisões, meus altos, é isso, o medo é um pescador focado.
    E os baixos ficam, ficam como consolo, ou pra agravar os choros que vão da noite ao dia, e só cessam pra dar boas vindas a lágrimas novas. Porque o que com os olhos eu não vejo, só poderei ver à luz da lua.

                                                                                                        Por: Denise Magaia 

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    As ondas dos teus cachos perdi a compostura. E essa cor da tua pele pintou minhas telas e chamo a ti arte. 
    Tens o sorriso que me cura, as mais belas cifras vem da tua boca, e os teus lábios um horizonte, ou o caminho ao paraíso. 
    Viajei no enrolar dos teus cabelos, as mais lindas idas e vindas, e o teu coro é muito mais do que a terra por só gerar árvores lindas. 

    Não te esqueças que esse crespo é tua coroa, num reino que só ele ilumina, a leveza dos teus passos é como espada que não se vê o lado pelo qual vem, teu pisar é firme e suave ao mesmo tempo, porque beija o chão e ao mesmo tempo faz dum dum dum. 
    A terra te carrega negra e tu carregas a terra, um verdadeiro ar onde só venta reciprocidade.
    Dança mais negra, pra espalhar esse teu perfume, suave como o das flores e também quente como o sol, dança aos sons da tua terra, pra fazer girar essa tua coroa, que ainda que te percas numa marrabenta, jamais irá cair.

    Rebola essa cintura negra, pra fazer verem que tu mandas, e que neste lugar és a rainha do reino todo. 
    E não calces agora, pois teus pés descalços são como pincéis, que desenham no chão tudo aquilo o quão passaste, das açoitadas até ao altar, onde sempre e desde cedo deveria ter sido o teu lugar. 
    Ninguém é melhor que tu negra, amamentaste-me até de pé ficar, ninguém melhor que tu negra, fizeste do amendoim grão, e da cana açúcar. 

    Ninguém é melhor que tu negra, carregaste-me nas costas quando ias e quando vinhas, fizeste me perceber desde cedo que pra ti jamais fui obstáculo. Saías com o nascer do sol e voltavas com o pôr do mesmo, não para descansar, para dar continuidade a tua bela e maravilhosa jornada, de 1 a 365 sem queixa nem reclamações, sempre com amor, carinho e  sempre com esse ar de rainha.

    Vim aplaudir a tua garra negra, então dança pra mim à melodia da música a qual a letra vi nessas estrias lindas. 
    Não despe essa esperança de sorrir e fazer sorrir aqueles dos quais és a raiz. 
    Canta e encanta, e depois canta outra vez, porque tua voz é a alegria dos meus dias, o que traz paz a minha vida.
    Não paro de escrever se for sobre ti negra, porque toda tu és história, toda tua história é melodia, e toda melodia é música para os meus ouvidos confortar. 
    Por isso por favor, dança Negra!
                                     
                                                   

                                                                                        Por: Denise Magaia

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    Numa viagem muito longa, á um destino muito diferente de um paraíso, pensava. E mesmo que não tenha sido a melhor ideia que tive, não vi por perto algo melhor do que pensar. 
    Viajava sobre um tipo de homem que esquece um pouco o meu corpo, e toca a alma.
    Imagino como deve ser, há quem acredita que imaginações para além do normal são criadas em mentes que não suportam conformismo. É como, ter na mão um pedaço de papel mas tencionar que fosse um livro. Bem como também ter uma tangerina à mão e querer que ela fosse uma pizza. Expectativas que habitam em cabeças inconformadas. 

    Mas antes que me fuja o foco, é de um homem que eu falava. Não o imaginei assim esbelto e com um daqueles perfumes que intoxicam meus pulmões, imaginava assim, um tipo sincero e simpático. Não tem a ver com clichê. É que umas vezes só precisamos de alguém que entenda a pessoa que está dentro de nós, e que goste disso. 

    Nada sobre jantares caros, pé na areia mesmo, mãos dadas, e aquela conversa que te livra das preocupações. Sem ser desinteressante, simplesmente sendo.
    Também não é sobre "só lençóis", mas sobre alguém que permita penetrar bem mais fundo, bem no fundo do meu eu, lá onde eu fico livre pra me abrir, pra chorar e pra contar meus segredos mais bem guardados.

    Um homem que toque meu corpo com a mesma intensidade que me faz rir.
    Proporcional. 
    Imaginar algo nunca vivido é tenso, porque guardamos essa imaginação na mesma caixa que às esperanças, e quando elas se misturam, não dá mais pra distinguir, é como separar sal fino do açúcar. 

    Nada a ver com pedir demais, é aquela vontade de querer sair descalça quando todos andam em calçados, exactamente ser desigual.
    E até queria que essa vontade se espalhasse, e fosse de encontro ao produto das minhas imaginações. 

    Homem, homens, todos eles são, mas o da minha cabeça vem com distintivo de ser humano, completamente interessante. 
    E já foi dono de um sorriso de lado que me esquarteja o coração, é dono também de duas mãos onde eu viajava a Dubai através delas, sem envolver intimidade, totalmente intenso. 

    Com os abraços mais metafóricos que aquela história do Augustus Waters onde fumar só mata se ele acender o cigarro, é. Abraços que me tiram do mundo e me devolvem à velocidade da lua, para os momentos em que eu estiver afogada em depressão, ou mesmo pra aquele momento onde meu último dedo vai de encontro com a perna do sofá. Reconfortante!

    Alguém que saberá ser, e saberá quando ser, que me ouça antes mesmo que eu fale. Um verdadeiro homem dos sonhos. 
    E com a intensidade que eu penso nesse homem, calha um dia e ele aparece, assim como se eu o chamasse todo esse tempo e algum dia ele ouvisse a minha voz, e gritasse, eis-me aqui.

                                                                                      Por: Denise Magaia 

                                                                                                             
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