Só á luz da lua
13:00
No meio do escuro e só pela luz da lua é que estão visíveis os feitos daqueles que fazem o bem, não porque não brilham, simplesmente porque todo o resto do mundo opta por ver só o que convém.
Queria olhar na cara da vida agora e dizer o quão meu coração quer cuspir fogo, não para queimar, pra intimidar sentimentos falsos a volta dele.
No meio do escuro perdeu-se a coragem de subir as escadas, porque quando o caminho a seguir é pra cima, não funcionam os faróis que servem pra iluminar nossas falhas.
A luz dá lua temos que tentar ver onde pisamos, e ir com dúvida mas ir, porque não é ditado, mas se diz que quem persiste chega perto.
Com mania de brilho escondido na alma, sonhamos de fora pra dentro, porque aprendemos com alguém, e aprendemos com alguém porque duvidamos das nossas próprias lições, e seguimos mesmo assim, só a luz da lua.
Queria poder gritar alto pra que acendessem as luzes, pra que fosse mais fácil amar, pra que fosse mais fácil aprender.
Porque amar no escuro dói, e dói mais ainda aprender sem poder ver quem, sem poder ver quando, lutando até acabar todas forças e no final descobrir que éramos o nosso próprio adversário.
Queria gritar que acendessem as luzes, pra que a chuva não me molhasse mais, não molhasse meus pensamentos que estão expostos demais para quem quer preserva-los.
E o medo, nessa escuridão já brilhou mais, brilhou mais que o primeiro sol do dia, porque ele quer pescar nas primeiras horas da manhã, minhas decisões, meus altos, é isso, o medo é um pescador focado.
E os baixos ficam, ficam como consolo, ou pra agravar os choros que vão da noite ao dia, e só cessam pra dar boas vindas a lágrimas novas. Porque o que com os olhos eu não vejo, só poderei ver à luz da lua.
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