COMO EU IMAGINO
13:23
Não sei se a imaginação dela flui
como a minha.
Eu deixo a minha viajar e perder-se nela, ou
melhor, no corpo dela.
Pergunto-me: o que esconde essa roupa? E
depois deixo a curiosidade alimentar a imaginação.
A imaginação é pura mas sem inocência.
Ela é natural ,mas pouco civilizada.
Jamais poderia expressa-la abertamente sem ser
censurada.
Ela é pervertida, é selvagem. É tão intensa
que arrepia-me a pele. Deixa-me com água
na boca ao mesmo tempo morrendo de sede. Meu coração bate mais forte e
meu corpo fica mais quente. Faz-me morder o lábio inconscientemente.
Imagino as pernas fora das calças. Imagino os
detalhes dos seios fora da blusa.
Imagino até sentir! Sinto a minha língua
molhando o pescoço dela, contornando os mamilos dela, deslizando no meio daquela
cintura fina e indo mais abaixo, até ao presente perfeito.
Depois, imagino-a sentindo a minha respiração
ofegante e quente na parte traseira do seu pescoço, e a minha mão apertando um
dos seus lindos seios ou amassando aquela bunda, como se ela fosse minha e não
houvesse amanhã.
Minha língua já não suporta meu sentido do
paladar, ela só quer contornar aquele corpo perfeito. Corpo perfeito, mulher
perfeita.
Que exibe uma beleza inocente, é singela é
intensa, é calmaria mas ao mesmo tempo é desordem.
Calmaria porque dá prazer só de a ver me olhar
nos olhos.
Desordem porque quando me toca, é muitas
metáforas.
E nessas metáforas encontram-se possibilidades
de uma aventura louca e selvagem, beijos, carícias, mas também tapas e
arranhões. Abraços e carinhos, mas também mãos à parede e gemidos altos.
Altos não pra ensurdecer, altos pra
intensificar, altos como quem quer mais, mais e fundo.
E não é que ela é uma musa, eu é que a crio
assim. A desenho tal e qual como a minha mente deseja.
É como se a olhasse,e meu subconsciente
dissesse pra mim "deixa fluir".
E se for um risco, me aparenta ser um risco
que vale a pena correr, vale a pena tocar, vale a pena beijar.
Ahh, que risco!
E, não me acho melhor que ninguém, mas às
vezes me pego pensando que na verdade eu seria o seu encaixe perfeito, na vida
e entre os lençóis.
Mas como o mundo escolhe o lado para o qual
gira, estou nessas. Nessas viagens de ida, sem volta, com destino a um mar, um
mar em que eu muito quero navegar.
Autor
Ercilio Domingos
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