Sou meus sentimentos, vontades, restrições e emoções.

13:08




Saio á rua, e a maneira como as pessoas encaram minhas sardas é impressionante. Eu não dou dois passos sem atrair olhares para a minha cintura que está a espreita. Na verdade crop top, eu amo.
Entre o pátio do jardim vejo pessoas, muitas pessoas, grupos, grupos de pessoas, pessoas que não tem o que fazer e me encaram como se eu fosse um dinossauro vindo de outra dimensão.
E paro pra pensar!
É impressionante como o ser humano perde seu tempo cuidando da vida alheia.
Mas eu me habituei a essa história, eu me habituei a ignorar olhares quando saio a rua com meus shorts, não porque aquilo não me fere, poxa, aprendi a conviver com aquilo, aqueles olhares, aqueles comentários hipócritas, aquelas opiniões banais, pessoas conspirando contra minha felicidade.
É, no fundo a vida só anda quando você descobre que sua felicidade é muito mais prioritária que a dos outros.
Tudo anda, quando você agrada a si mesmo, ao que os outros.
Pra mim o mundo é bonito com minhas sardas, com minhas pernas longas a espreita e com cicatrizes da infância dentro de shorts.

Pra mim, meu crop top não define meu intelecto, e eu fico muito mais bonita nele.
Ahh, e pra mim é bonito também amarar meu cabelo como se fosse ao banheiro, ou soltá-lo como se estivesse num para-quedas e sair a rua.
Porque a vida é um para quedas. A vida tem muita adrenalina pra ser vivida, e que não pode ser travada por energias negativas. A vida é um salto no abstracto, e sinceramente viver ela assim é a melhor das aventuras.
A vida é bonita quando você faz o que é bonito pra si.
Porque falsidade é se envolver em tecidos da cabeça aos pés, sem suportar o calor que eles causam, sem gostar de se ver dentro deles, sem amar aquilo, puramente fazê-lo para agradar a sociedade, parecer bem aos olhos dos outros. 
Tsq, triste!
Tu tens mais é que te preocupares com aquilo que é bom e te traz paz.
O resto é padrão.
Roupa é padrão, maneira de andar é padrão, o jeito de comer é padrão, o jeito de sorrir, o jeito de demostrar amor é padrão. É padrão, é padrão. É tudo padrão.

Por isso eu visto o que amo (crop, sapatilha, short, blusinha, camisetes grandes, camisolas grandes, calça grande, sapatilha, sapatilha, sapatilha ), como da maneira que me conforta ( a mão mesmo ), eu sorrio espontaneamente sabe ( aos gritos ), eu não sou de jantar em restaurante "puro chiquê", porque eu quero flores, quero rosas, sorvete, quero jardim, mar, praia, sol, ar. Eu quero amor de verdade. Amor que não se compra.
E no fim, eu sou feliz, porque eu sou, sou meus sentimentos, vontades, restrições e emoções.

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